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Argentina: salário mínimo de fome

Argentina: salário mínimo de fome

O governo neofascista de Milei quer aumentar a taxa de exploração. É o governo dos sonhos da burguesia e do imperialismo.

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"O governo fixou um aumento de US$ 5.000 que é suficiente para comprar 8 maçãs", resumiu um jornalista do Perfil (8/5) o decreto presidencial que elevou o salário mínimo vital e móvel de US$ 297.000 em março para US$ 302.600 em abril. São cerca de US$ 160 pesos diários adicionais. Para os trabalhadores assalariados, o salário mínimo foi fixado em US$ 1.513 por hora, o que não é suficiente para cobrir nem mesmo o transporte. Seguirão aumentos escalonados, de menos de 2% ao mês, até atingir US$ 322.000 para trabalhadores mensais e US$ 1.610 para trabalhadores pagos.

A sentença presidencial vem depois que o acordo falhou no âmbito do Conselho do Salário Mínimo, que integra funcionários, empresários e representantes sindicais. Os sindicatos pediram US$ 644.000 a partir de abril, um número igualmente pequeno, enquanto os empregadores ofereciam US$ 301.300. Até aquele mês, havia sido acumulado em 2025 um aumento de 6,12% do salário mínimo, contra uma inflação de 8,6%.

O salário mínimo tem incidência em um conjunto de benefícios de assistência, como o AUH, e também determina o piso da aposentadoria mínima, já que estabelece que aqueles que se aposentaram sem recorrer a moratórias, têm direito a receber o equivalente a 82% do salário mínimo. Esse plus não se aplica de fato porque os aumentos do mínimo têm sido menores do que os das aposentadorias e pensões. Também determina o valor do subsídio de desemprego para trabalhadores contratados ou não contratados, que por lei foi fixado em 75% do valor líquido da melhor remuneração mensal, normal e habitual do trabalhador nos seis meses anteriores à rescisão do contrato de trabalho que deu origem à situação de desemprego, mas não pode exceder 100% do salário mínimo vital e móvel, estabelecendo, de fato, um teto muito baixo.

Em menor medida, o salário mínimo vital e móvel oficial incide sobre os trabalhadores registrados mensais ou diários dos escalões mais baixos e, indiretamente, é uma espécie de referência para os trabalhadores não registrados, o que compreende quase 40% dos assalariados.

A tolerância da burocracia sindical para com este padrão de miséria coincide com a assinatura sistemática de paritárias para baixo.

 

 

Fonte: https://politicaobrera.com/14067-el-salario-infimo-302600

 

ttps://politicaobrera.com/14067-el-salario-infimo-302600

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