Itália: mobilização em Roma contra a guerra e em defesa dos direitos sociais
Cerca de 100 mil pessoas se mobilizaram no sábado (5/4) em Roma, contra os planos de armamento promovidos pelo Conselho Europeu em meio a uma grande propaganda e histeria anti-russas. Exigiram da fascista Giorgia Meloni que o dinheiro para o rearmamento vá para programas sociais.
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Durante a mobilização, milhares exigiram mais atenção à educação, saúde, emprego, salários, entre outros, em vez de aumentar os gastos militares. Foto: EFE
A marcha foi convocada pelo Movimento Cinco Estrelas (M5S), o Partido Democrático, a Refundação Comunista e a Aliança dos Verdes e Esquerda Italiana (AVS). A Associação Nacional de Partidários da Itália (ANPI) e vários sindicatos e movimentos estudantis se juntaram.
Os mobilizados, que cobriram o trecho da Praça Vittorio Emmanuel II até a Via dos Fóruns Imperiais, rejeitaram o aumento dos gastos militares promovidos pela maioria dos governos da União Europeia em resposta a uma suposta ameaça da Rússia.
Eles exigiram que esses fundos milionários se dedicassem a programas sociais e repudiaram que, em momentos de dificuldades econômicas significativas, o governo da primeira-ministra Giorgia Meloni deseja destinar bilhões de dólares aos gastos militares.
Por meio de uma proclamação, as organizações afirmaram que "em 2025, milhões de cidadãos e empresas serão oprimidos por um turbilhão de aumentos de preços sem precedentes", com "contas muito altas, salários insuficientes, um sistema de saúde colapsado", enquanto "o governo continua a destinar bilhões de dólares para gastos militares".