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Vamos avançar nas lutas para enfrentar o governo repressivo de Milei! Greve e mobilização nos dias 9 e 10 de abril!

Vamos avançar nas lutas para enfrentar o governo repressivo de Milei! Greve e mobilização nos dias 9 e 10 de abril!

A vanguarda da classe trabalhadora deve aproveitar a crescente crise que o governo de Milei está enfrentando. Aproveitar o conflito contra os interesses econômicos da burocracia sindical. É preciso promover uma organização independente dos trabalhadores que, unindo a luta pela defesa de seus interesses imediatos, some a defesa de seus interesses históricos no caminho para se organizar com independência de classe das greves patronais e do controle da burocracia sindical.

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Num contexto em que as reservas do Banco Central da Argentina estão caindo, o capital especulativo, fundamental para alimentar os instrumentos de política econômica do governo fascista dos libertários está fugindo. Os próprios mercados financeiros internacionais, ou seja, o sistema financeiro controlado pelos grandes bancos, estão aumentando o chamado risco que a Argentina representa hoje. Nos  sistema cambial, que tem sido a pedra angular do programa de "estabilização" de Mieli, está entrando em crise com corridas aos mercados paralelos a âncora cambial é cada vez mais acompanhada pela âncora salarial. A erosão dos salários em relação à inflação está se tornando cada vez mais um instrumento da política de ajuste de Milei com o objetivo, também, de adiar a eclosão de todas as variáveis econômicas.

Desde o início do ano há sinais de que o tempo da bomba-relógio representada pela política econômica de destilação economicamente pura da financeirização que os libertários basicamente representam, não para de correr. O que é acelerado profundamente pelas medidas do Governo Trump (EUA) que têm objetivo agressão econômica à China, ao mesmo tempo em que acerta contas com seus sócios do sistema imperialista mundial e descarrega a crise pela perda de competitividade da economia estadunidense sobre os povos oprimidos. Essas ações do trumpismo abrem caminho ao risco da desintegração do mercado mundial e do conjunto de garantias internacionais, influenciando as variáveis econômicas argentinas, que são reforçadas pela queda dos preços das matérias-primas. A Argentina exporta como soja, petróleo, etc. e as tendências econômicas apontam para desvalorizações a nível latino-americano, fazendo com o fascinado governo Milei não encontre outra opção senão aprofundar o ajuste e a repressão contra os trabalhadores argentinos.

É nessa situação combinada de predação financeira e exaustão do ciclo econômico que o governo libertário-fascista de Milei preparará seu avanço sobre os sistemas de seguridade social. Planos de saúde administrados por sindicatos, têm sido a base econômica da própria burocracia sindical. É por isso que já são mais de uma dezena de entidades constituídas por obras sociais sindicais que sofreram formalmente intervenções  governo Milei para preparar o esvaziamento do sistema de obras sociais, como Obra Social dos Trabalhadores Rurais e Estivadores da República Argentina (OSPRERA) , a Obra Social do Pessoal Mosaísta (OSPM) e a Obra Social dos Vareadores (OSV), agilizando, assim, a entrada de capital financeiro por meio de planos privados de saúde.

Por seus interesses econômicos estarem em risco, e também por seu papel como principal administradora da luta de classes na Argentina, que a burocracia sindical da Confederação Geral do Trabalho (CGT) convoca uma greve geral para 10 de abril, precedida de uma mobilização para 9 de abril, acompanhando as mobilizações dos aposentados.

A série de lutas abertas que vêm ocorrendo desde as primeiras semanas de março vem enfraquecendo cada vez mais o governo de Milei, que é explorado pela oposição burguesa, especialmente aqueles que respondem aos diferentes setores do peronismo.

Os trabalhadores de vanguarda não devem depositar expectativas na oposição burguesa a Milei, incluindo a oposição kirchnerista, que em seu conjunto de manobras na época foi a principal responsável pela vitória eleitoral de Milei. E, no caso dos governadores peronistas, eles demonstraram desde quando Milei assumiu o poder em dezembro de 2024, em sua maioria, uma base fundamental para a governabilidade de Milei, cedendo à política extorsiva de Milei sobre seus estados provinciais.

É tarefa da vanguarda da classe trabalhadora aproveitar a crescente crise que o governo libertário de Milei está enfrentando. Aproveitar todas as contradições, incluindo o conflito contra os interesses econômicos da burocracia sindical. É preciso promover uma organização independente dos trabalhadores que, unindo a luta pela defesa de seus interesses imediatos, some a defesa de seus interesses históricos no caminho para se organizar com independência de classe das greves patronais e do controle burocrático sobre os organismos da classe trabalhadora.

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