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São Paulo-SP: ocupação da Frente de Luta por Moradia (FLM) é atacada com granada no Centro de São Paulo

São Paulo-SP: ocupação da Frente de Luta por Moradia (FLM) é atacada com granada no Centro de São Paulo

É preciso prestar apoio incondicional a luta pelo direito à moradia. Não é crime lutar por um direito essencial de cada ser humano. Exigir a punição desse ato terrorista contra o povo trabalhador. Montar uma campanha de solidariedade por parte de sindicatos, centrais, movimentos populares e partidos de esquerda.

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Foto: Divulgação FLM

 

Um grupo de homens jogou uma granada dentro de uma ocupação da Frente de Luta por Moradia (FLM) no Centro de São Paulo (SP) na tarde da última segunda-feira (26/5). Com a bomba ainda intacta dentro do prédio na rua General Osório, os homens ficaram do lado de fora xingando os sem-teto. A Polícia Militar (PM) foi ao local e apoiadores da ocupação também. Após cerca de duas horas, o quarteirão foi isolado pelo esquadrão antibombas, que realizou o procedimento e implodiu o artefato. 

Segundo coordenadora de apoio da ocupação:

"Foi aterrorizante. Cheio de famílias aqui. As pessoas ficaram super assustadas, crianças chorando para todos os lados. Eles empurraram a porta, queriam entrar de qualquer jeito, a gente resistindo. E nisso eles começaram a querer serrar o portão, correntes, quebraram vidros, jogaram pedras, madeiras e as bombas ”.

 Ao  que parece, o atentado foi feito por lojistas da região. Do lado de fora, teriam feito gestos imitando macacos. 

O ataque aconteceu dois dias depois de o prédio de dois andares, antes abandonado, ser ocupado por trabalhadores e trabalhadoras sem-teto. Enquanto acontecia a Virada Cultural no último sábado (24/5), além deste, a FLM também ocupou um prédio na avenida 9 de julho, pertencente ao Ministério da Saúde.  Este mesmo imóvel foi ocupado pela FLM por apenas algumas horas em novembro de 2023, em um episódio que terminou com repressão da Polícia Militar. Dessa vez, a ocupação permanece.

Com as ações do último final de semana, são três as ocupações feitas pela FLM em São Paulo neste mês. Além destas duas, em 18 de maio famílias sem-teto se estabeleceram em um prédio abandonado dos Correios no Carandiru, zona Norte da capital paulista. 

O ataque na ocupação da General Osório

Integrante da ocupação da rua General Osório, conta que depois que a faixa do movimento foi colocada na varanda, trabalhadores sem-teto foram abordados por comerciantes. “Ameaçaram de morte eu e outro companheiro e foram embora. Aí do nada chegaram pessoas encapuzadas e jogaram bomba”, relata. 

De acordo com o mesmo trabalhador, durante a noite os ocupantes estão sendo monitorados. “Tem uma mulher em um carro que fica 24 horas na frente para intimidar os moradores”, afirma. “A gente está com medo, né, dos próprios lojistas que estão do lado. A gente não quer mexer no que é deles, ao contrário, vai cuidar também deste espaço”, diz. 

Qual deve ser a posição do conjunto da classe trabalhadora?

Primeiro, é preciso prestar apoio incondicional a luta pelo direito à moradia. Não é crime lutar por um direito essencial de cada ser humano.

Segundo, exigir a punição desse ato terrorista contra o povo trabalhador.

Terceiro, montar uma campanha de solidariedade por parte de sindicatos, centrais, movimentos populares e partidos de esquerda.

 

Fonte: https://www.brasildefato.com.br/2025/05/27/ocupacao-da-frente-de-luta-por-moradia-e-atacada-com-granada-no-centro-de-sao-paulo/

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