Os trabalhadores do Hospital Garrahan realizaram uma reunião nesta quinta-feira com funcionários do Ministério da Saúde, mas não obtiveram propostas de aumento salarial. O Governo ditou a conciliação obrigatória durante 15 dias e tanto os residentes como os profissionais cumpriram a medida, mas convocaram uma nova assembleia na próxima terça-feira, 3 de junho.

A reunião foi com Roberto Olivieri Pinto, chefe de gabinete do Ministério da Saúde. Depois de quase uma hora, a administração não estendeu nenhuma proposta de aumento salarial, mas deixou em aberto a possibilidade de oferecer um bônus de produtividade para os médicos residentes.

Os médicos residentes denunciam que trabalham 70 horas semanais - a uma taxa de 14 horas por dia de segunda a sexta-feira - e ganham US$ 797.000, ou seja, US$ 2.846 por hora. O valor implica uma queda de 53% nos salários reais desde dezembro de 2023. Além das reivindicações salariais, há a deficiência de insumos e o êxodo de profissionais, o que dificulta o preenchimento de funções no mais importante centro de atendimento pediátrico do país.

O contexto da reclamação ocorre em um corte orçamentário do Ministério da Saúde, que aplicou uma redução na força de trabalho que, na primeira quinzena de janeiro de 2025, demitiu 1.400 pessoas em diferentes espaços: além do Garrahan, houve demissões no Hospital Laura Bonaparte, Posadas, René Favaloro e Sommer, bem como nas diretorias de Vacinação e HIV.

Todo apoio à luta dos trabalhadores e trabalhadoras da saúde! É preciso deter a destruição da saúde pública pelo governo neofascista e liberal de Milei!