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Argentina: pela vitória dos trabalhadores da província de Catamarca!

Argentina: pela vitória dos trabalhadores da província de Catamarca!

Vamos aprofundar a luta chamando a unidade do conjunto dos explorados e oprimidos de Catamarca! Convocar o conjunto dos trabalhadores de outras províncias para uma luta unitária por seus direitos! Pela derrota da ofensiva de Milei  e seus colaboradores provinciais, como Jalil, contra a classe trabalhadora!

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Catamarca é uma província do Noroeste da Argentina onde ocorre atualmente um aprofundamento da luta dos trabalhadores por sua própria iniciativa. Essa é uma tendência crescente.

O contexto nacional de erosão dos salários, impulsionado pelo governo neofascista de Milei, somado ao ataque às condições de trabalho na província por parte de Jalil, gerou uma resistência importante. Trabalhadores provinciais de Catamarca explodiram por si mesmos saíram à luta na defesa de seus direitos.

Como resultado da radicalidade da luta  em Catamarca, há retrocessos nos ataques aos trabalhadores. O governador Raúl Jalil anunciou a derrogação do Decreto 884/25, que reformava o sistema educativo, após uma enorme manifestação de uns 20.000 professores na Capital. A marcha, autoconvocada e transcurreu entre a Plaza de la Estación e a Plaza 25 de Mayo, mostrando o rechazo generalizado à  medida.

No sábado, 31 de maio, na província de Catamarca, continuou as lutas continuaram e se estenderam pela recuperação de salários e melhores condições de trabalho. Forma duras respostas à política salarial do governo provincial semelhante, dissseram vários manifestantes, à de Javier Milei.

Os manifestantes ao encerrar a marcha concentraram-se na praça principal, em frente à ex-Casa de Governo, onde apresentaram suas reivindicações. "Que se vayan todos", foi o que mais se destacou na multidão.

Esse foi o segundo sábado em que houve uma marcha de protesto  como reação do setor docente a um decreto governamental que atentava contra a segurança trabalhista do setor.

Além de professores, há outras repartições que reivindicam melhores salários. Abarcando o conjunto dos trabalhadores provinciais. Existe o perigo, para o governo provincial,  de que essas lutas criem expectativas entre membros do aparato repressivo da província como o serviço penitenciário da província ou da chmada "família policial.

A burocracia da CGT de Catamarca tem sido desacredita pela iniciativa de luta das massas, por isso, tenta  atacar o movimento alegando a “ilegalidade representativa dos autoconvocados ”.

As lutas cresceram e se ampliaram, tendo como base a massiva mobilização de 24 de maio.

A noite de sábado, 31 de maio, concretizou a mobilização de trabalhadores provinciais autoconvocados como um marco de descontentamento social que se expressou contra do Executivo Provincial.

A mensagem foi clara: repúdio às estruturas burocráticas oficiais, que foram o centro das críticas, além da reivindicação de aumento salarial de cerca de 50%.

Esta mobilização foi convocada por meio de grupos que circularam pelas redes sociais, mas nenhum agrupamento específico se destacou nas mobilizações.

A mais recente mobilização saiu da Praça 25 de agosto e marchou pela rua Salta para tomar a República, girando por Maipú, deu volta à Praça 25 de Maio e terminou no Paseo de la Fe.

Entre os manifestantes havia agentes de obras públicas, de diversos ministério, da "família policial", de docentes, de bolsistas de Catamarca, de estradas da província, trabalhadores da saúde e entre eles foram observados os autoconvocados do Hospital de Niños, do Hospital San Juan Bautista, da área de Salud Mental, de Adicciones, de OSEP, entre outros.

O representante dos trabalhadores autoconvocados de obras públicas, Sergio Romero disse: "Hoje, os catamarqueños saíram para defender o trabalho, a saúde, a educação e a segurança de nossas família. Estamos cansados deste governo que nos hostiliza salarialmente e que em cumplicidade com os sindicatos nos levam à pobreza. Sente-se conosco, senhor Governador, com a classe trabalhadora”.

O governador de Catamarca Jalil é um dos peronistas que pediu "ajudar" a Javier Milei. No congresso, pediu voto a favor do RIGI, regime especial tributário, cambial e aduaneiro, que favorece os interesses das multinacionais na mineração. A província de Catamarca tem importantes reservas de lítio que são ambicionadas pelas corporações imperialistas.

No momento atual, Jalil faz parte do conjunto de governadores peronistas e não-peronistas que cederam (e se beneficiaram) da extorsão mafiosa de Milei . Nesse sentido, Jalil dá apoio a Milei para flexibilizar controles positivos e que apontam para encobrir dólares originados do setor chamado não declarado da economia. Tudo como parte da esperança de Milei para garantir uma entrada de dólares que lhe permita manter condições econômicas favoráveis até as eleições de outubro. Nesse sentido, uma derrota do governo de Jalil por parte dos trabalhadores catamarques significaria também uma derrota para o governo de Milei como parte do crescimento das lutas dos trabalhadores.

Vamos aprofundar a luta chamando a unidade do conjunto dos explorados e oprimidos de Catamarca!

Convocar o conjunto dos trabalhadores de outras províncias para uma luta unitária por seus direitos! 

Pela derrota da ofensiva de Milei  e seus colaboradores provinciais, como Jalil, contra a classe trabalhadora!

 

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